Interior decorado do elevador. (Acervo Casa Civil) – Foto: Carlos Magno.

Não existem escadas nesta parte do Palácio, embora o arquiteto Silva Telles tenha previsto uma, em formato helicoidal, com o intuito de permitir a ligação mais rápida entre os pavimentos. Em substituição à escada, foi instalado – um luxo para a época – um moderno elevador, um dos primeiros em residências na América do Sul, fabricado pela empresa norte-americana Otis, cuja representação no Brasil estava a cargo da empresa de Eduardo, a Guinle & Cia. Mas a modernidade ficou restrita ao maquinário do equipamento, ocultado por uma porta falsa. Tanto as portas de acesso, a cabine do elevador e até mesmo os espelhos dos botões de acionamento seguiram o padrão decorativo predominante na casa, o rococó francês. Era costume, à época, que as novidades tecnológicas fossem apresentadas ao público revestidas por uma decoração mais tradicional.

Porta do antigo elevador Otis do Palácio das Laranjeiras. (Acervo Casa Civil) – Foto: Carlos Magno.