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Acessibilidade

O Palácio das Laranjeiras possui um dos primeiros elevadores instalados no país. Trata-se de um equipamento da companhia norte-americana Otis, cuja representação no Brasil estava a cargo da Guinle & Cia, empresa de Eduardo Guinle. Como o restante do Palácio, o elevador teve seu interior ricamente ornamentado, restaurado e seu maquinário modernizado. Porém, apesar de estar ainda em funcionamento, ele apresenta dimensões restritas que não se enquadram nas normas atuais de acessibilidade.

A instalação de um novo elevador acessível foi uma das premissas do projeto de restauro. Inicialmente, estudos foram feitos propondo que o elevador fosse instalado no local onde se encontra a Sala de Almoço. Haveria, porém, a necessidade de demolição de parte do piso e forro desta sala e parte do piso de mosaico da varanda localizada entre as Alas Social e de Serviços.

Detalhe do teto do elevador histórico do Palácio.

A proposta não foi aprovada pelos órgãos de patrimônio, IPHAN e INEPAC, que contribuíram, então, para a decisão de onde seria possível a instalação do novo equipamento. Foi desenvolvida, assim, a opção de instalá-lo no torreão existente, localizado junto à fachada principal. Desta forma seria garantido o acesso aos dois pavimentos da edificação e também ao nível do subsolo.

O espaço interno do torreão do Belvedere não apresentava uso definido. Para instalação da estrutura do elevador, foi necessária apenas a demolição de parte dos pisos. Os mosaicos dessas áreas foram recolocados no piso do novo elevador, recompondo esteticamente as configurações dos pisos do torreão.

Outra demanda física para a instalação da nova circulação vertical, foi o aumento da altura do subsolo e a consequente escavação de uma parte deste pavimento. O projeto inicial previa também a necessidade de rompimento do embasamento em mármore da fachada para a instalação de um acesso ao hall do elevador no subsolo. Porém, a necessidade de implantação de grande extensão de rampas junto a fachada inviabilizou esta opção, optando-se pelo acesso através da antiga entrada de serviços. Uma escada também foi demolida dando lugar a uma nova rampa.

Junto com a intervenção necessária para a instalação do elevador, foi proposta pelos técnicos e fiscais envolvidos na obra, uma melhor utilização do subsolo, visando a abertura do Palácio restaurado para visitação pública. Além de abrigar o acesso para portadores de deficiências, este pavimento também recebeu sanitários de uso público, incluindo, naturalmente, sanitários acessíveis.

Outra intervenção prevista em projeto foi a modernização de sanitários localizados no pavimento superior da ala de serviços, que já apresentava características diferentes das originais, por ter sido um acréscimo posterior. Um deles teve o piso rebaixado e a distribuição das peças sanitárias adequada para os padrões das Normas de Acessibilidade. Tais intervenções exigiram soluções especiais como a utilização de bacias sanitárias com conexão de esgoto nas paredes.

Foram ainda instaladas rampas móveis para vencer desníveis menores, como na varanda superior para acesso a Sala de Jogos e no jardim interno para acesso ao 1º pavimento, trecho entre a Sala de Almoço e Sala de Jantar. Outras alternativas foram estudadas, por exemplo, a utilização de plataformas elevatórias, porém optou-se pelas rampas em razão de gerarem menos impacto no Bem.

De modo a complementar a acessibilidade e garantir a existência de pelo menos um banheiro acessível em cada pavimento, o sanitário localizado junto ao Quarto de Hóspedes (no pavimento inferior da ala residencial), foi modernizado, adequando suas dimensões para os padrões da norma. Desta forma, o Palácio das Laranjeiras conta hoje com acesso à portadores de deficiência e sanitários adequados em todos os pavimentos. A exceção é o último pavimento do torreão da ala de serviços, no qual o acesso se dá através de escada helicoidal, mas de uso restrito.

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